Quisera eu

Quisera eu vê-lo
Lá naquele salão
Cantando e sorrindo
Abraçando a cada um que chega
Abrindo as portas da sua casa
A cada filho teu reconhecido.

Ver tuas vestes brancas
Ver as vestes brancas dos teus
Ver que não há mais dor
Ver que não há mais pranto
Ver que ali há mesmo o descanso.

Olhar os adornos que só tu fazes
Os bancos que tu fizeste
Desses que um carpinteiro faz
Olhar em torno dos teus
E ver que eu também sou teu.

Quisera eu ver teus portões
E te encontrar ali sorrindo
Mesmo sem ter me visto
Ainda assim por todo esse tempo
Tendo me visto e vigiado
Como um filho amado.

E que como um amigo, abraçaste-me
E num gesto de pai, encorajaste-me
A entrar para ali comer junto a mesa
Sorrirmos juntos e vivermos
Pois somente haveria isso, vida
E eu, reconhecido, ser um filho teu.

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