Homem de Barro
Será que o céu irá se curvar
Diante do brilho da tua estrela?
Essa cuja qual me intenta a mergulhar
A me aquecer na chama da tua vela
E me rebuscar no ímpeto da tua alma...
Sinto para começar a falta da tua voz
Sinto necessidade de mergulhar no teu rio
De flutuar levemente em direção a tua foz
Pois quero te descobrir por completo
Quero te perceber, te sentir, aqui mais perto...
Força estranha essa que me atrai sem perceber
Logo que percebo, desespero, pois quero logo te ver
Quero logo olhar o céu se abrir quando tu chegares a mim
Quero bailar com as estrelas e elas contigo numa dança sem fim
Quero logo mergulhar no teu mar de encontro a ti,
Pois simplesmente eu não vivo mais o meu “eu”!
Simplesmente eu sou o suficiente para ser só teu
Pois eis que há o desejo perfeito de dividir minha alma
E colocá-la como mármore modelado na tua palma.
Será que isto afinal é o sonhado amor incondicional?
Será que no final eu não sou mais um homem normal?
Será que no final o meu pensamento, a minha necessidade
Se resumirá em descobrir unicamente a tua verdade?
No final sou pequeno, fraco, sou homem de barro
Que se quebra fragilmente por ser homem pequeno
E se refaz gentilmente com carinho por ser sereno
E continua a busca perpétua daquela que me amarro...
Thiago Guimarães de Pina
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