Juramento de Vida


Jurei jamais me apaixonar
jurei que jamais iria esperar
pelo amor que me fez pairar
bailar aprimorado em pleno ar.

Jurei que a palavra se tornará minha espada
cada sílaba, cada fonema, cada letra perfeita
seria um escudo que se faria no papel aceita
em plena virtude de desejar viver o puro amor.

Jurei que o céu seria o meu porto seguro
seria para onde olhar e para ele orar
jurei que as estrelas seriam o mais puro
instante de entrega pelo meu reles olhar.

Jurei para o céu que o vento teria sua beleza
incolor, porém singela, plena e pura sutileza
exposta em versos de minúscula grandeza
a medida que tal resplendor exponha a natureza...

Jurei para o vento que o fogo também terá espaço
seria nele que a palavra ganhará a refinação do aço
será forte e digno de contemplação
pois queimará em mim no coração

Jurei para o fogo que a terra também teria lugar
não a poluiria e nem a mal trataria, pois é meu lar
é por onde meus pés hão de, por ela, caminhar
descalço de pés nús, pois quero sentir o fincar
da rocha firme que nela ei de, com alegria, plantar.

Jurei para a terra que a água também teria nascente
ei de lá beber teu frescor e simplesmente ser atraente
seduzí-la para a foz do rio da vida e despejá-la no oceano
e lá ela encontraria o amanhecer da eternidade ao plano...

De jurar sempre que ei de sempre amar
a mulher que me faz pairar
e com estes olhos apenas respirar
a poesia que estes versos pelo eterno
hão de por ali ficar.

Thiago Guimarães de Pina

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