Ansiedade Despregada



Tem horas que bate um desânimo
Repentino, doloroso, um cansaço
Paro, perdido, não sei o que faço
Não havendo esperança ou ânimo.

Tem horas que queria a vida ajeitada
Tudo arrumado, no lugar, sem beira
Ponho a mão na cabeça e olho a estrada
Ah, o quanto anseio ali fora da trincheira...

Tem horas que luto contra quem me mata
Contra quem suga meu ser e me escala
A uma condição submissa de reles fala
Em que autonomia para ser está só em ata.

Anseio por escrever a fim de ser
Não anseio deixar de ser e viver
Pois tem horas que me falta vida
Fala, hora, escrita, tempo, corrida.
Tudo é uma monografia.

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