Do Tempo...




Eu sou do tempo que cartas eram escritas
E eram apaixonadas em versos soltos de amor.
Eu sou do tempo em que belezas eram vistas
Naquele contrapasso, distante! Ai meu pudor!

Eu sou do tempo que o desejo era o de descobrir:
Descobrir a voz, descobrir a mão, descobrir o vestido...
Eu sou do tempo da visão de raios-X, sou daquele de pedir
Um espaço, um abraço, um chamego, um leito perdido...

Eu sou do tempo de falar minhas intenções
Antes de cumprir com minhas obrigações
Para assim sentir reles sensações de verão.

Eu sou do tempo em que se respirava amor
Daquele de olhar na alma e de loucura desejar
Que as estrelas hoje, pela minha rosa, vão brilhar.

Thiago Guimarães de Pina

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