A Morte

Nessas horas não são palavras bem orquestradas que fazem a diferença
não são também gestos de grande imprensão que vão resgatar a crença
nem tão pouco aqueles scraps com grandes ornamentos
mas sim as memórias, e todos os felizes e tenros momentos
que tivemos o privilégio de passar ao lado de quem amamos
e que algum dia, junto dele, nós nessa terra ainda sonhamos.

Para tudo, absolutamente tudo, há um tempo
assim como a vela que se apaga ao vento
para a vida há também um momento de morte
um momento de escuridão em que a nossa luz
tem que superar a dor e a renegação e a nossa cruz.

Enfim podemos nos considerar criaturas de sorte
pois estamos nessa estrada para nos tornarmos filho
para suprimirmos nossas dores e tristezas num espartilho
para daí criarmos a história que escrevemos a cada dia
sendo que para esta nem sempre haverá a açucarada alegria

Haverá momentos de luta e choro
haverá momentos de canto e coro
para que dessas dores possamos crescer
para que da nossa cruz possamos viver
e renascer na vida como tem que ser.

Thiago Guimarães de Pina