Meu Viver


Que amor é esse que me ensinou a viver?
Ensinou-me a amar meu próximo incandescialmente.
Que necessidade é essa de querer sempre ver
tua face, teu sorriso, ouvir tua voz assim de repente?

Que amor é esse cujo o tempo não tem poder?
Que necessidade é essa que invande toda mente?
A todo dia pegar no telefone, pois a vida é o querer
de ter essa sensação de completo por ser carente.

Que saudade é essa que chega a doer o peito e a crescer
forte, insaciável e sublime tensão de amar e ser crente
na carne minha, naquela alma que completa o vazio do meu ser
inunda com tuas águas os olhos, nariz, boca, ouvido e mão ausente.

Tudo que há em desejo é de sentir a tua mão estender
o carinho da correspondência, a carência preenchida suavemente
pelas ondas do teu mar chocando-se contra o rochedo do meu viver
espalhando tua espuma plena, tenra pela minha praia vagarosamente.

No entanto, tão rápido é a tua estadia e o meu esmurecer
seria se ao acaso sempre estaríamos juntos perpetuamente
pois choraria pela eternidade se ao inferno fosses morrer
e eu ao paraíso e com Deus fosse viver contínuamente.

Choraria se ao acaso EU fosse ao inferno falecer
e você ao paraíso e com Deus fosse viver eternamente.
Choraria em vida se ao acaso não me amasses por querer.
Choraria em morte se ao acaso morresses primeiramente.

O meu coração precisa da tua vida vir na minha porta bater
precisa em constância e subsistência do teu fruto sabidamente
alimentar minha batida alucinada de bateria e sem esquecer
o compasso contínuo do teu olhar, olhando-me interminavelmente.

Preciso de ti banhando o meu corpo, minha alma, meu querer
pois tu és o meu bem querer. Minha carência de viver fortemente
atrelado ao tempo e ao espaço esse que há de minha vida conhecer
pois ei de abraçar o tenro corrimão dessa escada rolantemente
para tua direção, pois tu és meu amor, minha dádiva de Deus, meu viver.

Thiago Guimarães de Pina

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