Sonhos



Eu já não sei mais da vida
eu já não verei mais comprometida
esta batida que tão forte
mexe minha alma por sorte.

Eu já não sei mais da realidade
desse realismo surreal irrealizando
toda a minha vista e vontade
que por fim pede por caridade

Um abrigo escondido
um porto seguro permitido
a entregar estas lágrimas
estas mesmas de ingenuidade.

Não reparem esta vaidade
humana de criança louca
de criança voraz e rouca
para gritar a liberdade

Não reparem se de repente
sorvetes e doces cairem do céu
não reparem ainda se for de mel
este sabor que é tão leve

Ainda daquele dragão que segue
cuspindo fogo e batendo asas
não reparem se virar uvas passas
não reparem se por fim virem
que tudo que versei eram sonhos.

Thiago Guimarães de Pina

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